1. Não serás capaz da verdadeira virtude, da própria perfeição? A fé e a própria inteligência dizem que não, pois não é a longa duração de vida que faz alguém ser respeitável, e sim a vida ilibada. Ó! Sublime pensamento: posso ser um santo. Sim, posso. Haverá talvez um embargo por parte de Deus? Não, Ele o quer. Por parte de ti mesmo? O que não podes por ti, podes pela graça divina. Há dificuldades, mas também há meios de vencê-las. Podes ser um santo. Deus to diz; o coração o confirma, os santos o provam. Por que ainda não és santo?
2. Se estás longe de ser santo, outro não tem a culpa, senão tua própria covardia e falta de energia. Foges do combate contra a tua natureza corrompida, contra tuas inclinações ainda tão fortes, e tua comodidade. Sem esforço real e constante jamais terás a palma da vitória. A semente tem de morrer, para poder nascer à nova vida e crescer. Tens medo desta morte? Anima-te; ela equivale à vida, ressurreição e imortalidade.
(Sinzig, Frei Pedro. Breves Meditações para todos os Dias do Ano. 8ª Ed. Editora Vozes, 1944, p. 255)
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