Da vida de São José nada consta de extraordinário. Tudo simples. Não foi um Thaumaturgo, não fez milagres em vida, não profetizou, não consta fenômeno algum, a seu respeito, da natureza daqueles que, a leitura da vida de alguns santos nos arrebatam a admiração. O milagre maior do Santo Patriarca foi o do seu abandono e conformidade a vontade de Deus. Que modelo de paciência! Pensa em abandonar a Esposa após a incarnação do verbo.
É avisado pelo anjo e sem demora obedece. Nasce Jesus na pobre manjedoura e ali está São José, cheio de amor e confiança, adorando o verbo feito homem. Que paciência, ante os desprezos de Belém, quando procurava uma hospedagem! O Anjo de novo o avisa. Foge para o Egito com Maria e o Deus pequenino. Sofre no exilo privações, insultos e mil revezes. Sempre paciente, abandonado e confiante. Recebe uma nova ordem do céu. Volta para Nazaré e ali vive no silencio, na simplicidade, na mais profunda humildade, a vida comum de um operário pobre. Morre nos braços de Jesus e Maria. Vida tão simples! A virtude heroica de São José foi o Abandono, que é a perfeição do amor. O coração de São José foi, por certo, o coração de um serafim, todo abrasado de Amor Divino. E, como o abandono é o fruto mais belo do amor pode-se imaginar qual teria sido a vida de confiança e abandono de São José!
O "Breviário da Confiança”, de Monsenhor Ascânio Brandao
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