sexta-feira, 17 de março de 2017

São José, Modelo de paciência


Da vida de São José nada consta de extraordinário. Tudo simples. Não foi um Thaumaturgo, não fez milagres em vida, não profetizou, não consta fenômeno algum, a seu respeito, da natureza daqueles que, a leitura da vida de alguns santos nos arrebatam a admiração. O milagre maior do Santo Patriarca foi o do seu abandono e conformidade a vontade de Deus. Que modelo de paciência! Pensa em abandonar a Esposa após a incarnação do verbo.
É avisado pelo anjo e sem demora obedece. Nasce Jesus na pobre manjedoura e ali está São José, cheio de amor e confiança, adorando o verbo feito homem. Que paciência, ante os desprezos de Belém, quando procurava uma hospedagem! O Anjo de novo o avisa. Foge para o Egito com Maria e o Deus pequenino. Sofre no exilo privações, insultos e mil revezes. Sempre paciente, abandonado e confiante. Recebe uma nova ordem do céu. Volta para Nazaré e ali vive no silencio, na simplicidade, na mais profunda humildade, a vida comum de um operário pobre. Morre nos braços de Jesus e Maria. Vida tão simples! A virtude heroica de São José foi o Abandono, que é a perfeição do amor. O coração de São José foi, por certo, o coração de um serafim, todo abrasado de Amor Divino. E, como o abandono é o fruto mais belo do amor pode-se imaginar qual teria sido a vida de confiança e abandono de São José!

O "Breviário da Confiança”, de Monsenhor Ascânio Brandao

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