S. Felipe Néri ressuscitou momentaneamente um menino para dar-lhe azo de se confessar.
Ele amava ternamente Paulo Máximo, filho do príncipe romano Fabrício Máximo. O
menino tinha 14 anos quando adoeceu gravemente; o santo tendo revelação de sua morte próxima,
pediu à família que o chamasse à cabeceira do menino quando estivesse no extremo da vida, porque
desejava confortá-lo e prepará-lo para a luta suprema.
A doença se agravou e o pai mandou chamar a S. Felipe para que corresse a abençoar o seu
filho espiritual. Como, porém, estivesse celebrando a Santa Missa, a criada deu o recado a um dos
Padres do Oratório.
Nesse ínterim o menino morreu e o santo, quando chegou ao palácio, encontrou-o cadáver.
Ajoelhou-se ao pé da cama e rogou com devoção por um quarto de hora, depois aspergiu o rosto
do menino com água benta, deitando-lhe umas gotas na boca. Soprou-lhe o rosto, colocou-lhe a
mão na fronte, chamado duas vezes em voz alta e sonora: – Paulo! Paulo!
O morto acorda como de um profundo sono, abre os olhos es exclama: – Padre, Padre,
tenho um pecado e quero confessá-lo.
S. Felipe pede aos presentes que se retirem, dá ao menino um crucifixo e ouve a sua
confissão; terminada a qual, chama os parentes e põe-se a falar sobre o paraíso e a felicidade dos
eleitos; o menino se entretêm em santa conversação, como quando gozava perfeita saúde; após
meia hora, o santo obtido resposta afirmativa, disse: – Vai, sê feliz e roga a Deus por mim.
E Paulo com rosto plácido, sem nenhum movimento, torna a morrer docemente nos braços
do santo. Estavam presentes àquela cena, entre outras pessoas, o pai, duas irmãs e a criada.
O quarto foi convertido em capela e é visitado ainda hoje com veneração e os romanos
chamam o palácio Máximo “a casa do milagre”.
Todo ano, depois de três séculos, a família Máximo comemora o prodigioso acontecimento.
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