JÁ NO TEMPO DE SANTA CATARINA DE SIENA, NOSSO SENHOR RECRIMINAVA OS PADRES QUE NÃO CONSAGRAVAM AS SAGRADAS PARTÍCULAS COMO DEVIAM

Num caso desses, como deveriam comportar-se os fiéis para evitar a idolatria? Dizer sob condição: ‘Se este sacerdote pronunciou as palavras da consagração que devia pronunciar, creio que tu és o Cristo, Filho do Deus vivo e verdadeiro, oferecido a mim como alimento em uma chama de imenso amor e como recordação da tua paixão, quando derramaste teu sangue em sacrifício, num grande ato de amor, para lavar nossas maldades’. Com tal atitude, a cegueira daquele ministro não produzirá a idolatria, com a adoração de uma coisa por outra; o pecado será somente do sacerdote, que faz os fiéis praticarem um ato desnecessário. Ó filha bondosa, que é que impede a terra de os devorar? Que é que detém meu poder de transformá-los em estátuas imóveis diante de todo o povo, para sua confusão? A minha misericórdia! Eu me contenho; por misericórdia, retenho a justiça. Quero vencê-los mediante o perdão. Infelizmente, tais sacerdotes são demônios obstinados, não reconhecem minha bondade. O orgulho os cegou: acreditam que meus dons lhes são devidos [por obrigação], não compreendem que tudo recebem gratuitamente, sem nenhuma obrigação minha”.
Sena, Santa Catarina de. O Diálogo. 11a edição. Ed. Paulus. pg.276 e 277
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